O Que Doí Em Nós Não Dói Mais Nela
A
rainha da sofrência não sofre mais e nós vamos sentir muita
saudade (...) “todo
mundo vai sofrer”. Se você estiver sofrendo, entendo, eu
também estou, mas, se confortar, pense assim: (...) “ela
deixou a
gente para outra hora” e por
gratidão devemos não sofrer. Evoluir pede repensar a efemeridade das reencarnações, o momento pede o retorno nostálgico para nós,
para o coração, se você tem coração, é claro. Minha despedida
para ela, maravilhosa, loura, poeta, Marília Mendonça, inclui uma
foto minha sem sofrência e a abertura do meu coração: (...) "desconto
a tristeza
em muitas
horas de saudades".
A
segunda-feira 1/11/2021 inaugurou novembro em silêncio, as pessoas
da casa foram ao cemitério. Na prática o significado disto são
algumas horas de paz, ausência de hostilidades gratuitas, espirros
sucessivos, bocejos sarcásticos - liguei a máquina de escrever
moderninha para aproveitar melhor meu dia, embora com o coração me pedindo para tocar flauta. Em pequenos intervalos de
escrita, para relaxamento, inclusive da coluna vertebral, ia ao
quintal, fotografava flores e borboletas, olhava os aviões sobrevoando
o céu (...) na mente lembranças incríveis de pessoas que se foram
rapidamente - voando - intercalava-se como a imagem presságio da cantora Paula Fernandes. Desde domingo 31/10/2021 eu tive presságio
de morte para ela e isto me entristeceu. Eu vi sua imagem meio
desfocada, despenteada e fora de forma. A Paula Fernandes está
sempre impecavelmente penteada, é magrinha, no presságio pude vê-la
diferente, como se ela fosse outra pessoa, gordinha e despenteada -
tentava tirar sua imagem da minha cabeça, focando-me em mim mesma e
outras distrações enquanto dava tchauzinho ao avião e falava
sozinha, como de costume, perguntando aos pássaros, borboletas e
as flores se minha filha estava lá, dentro daquele avião. Uma saudade imensa dela, aliás,
em vias de completar dezenove anos, tripula meus dias, fora a agonia
de não saber nada sobre ela desde julho de 2019; então, por mais que
me dedicasse a dar acabamento final ao O Nome Da Flor, a mente dispersava-se em presságio
de morte, nada de espetacular, considerando ser início de novembro. Logo senti a
emocional fome, um desejo fora do comum de comer uma sobremesa doce, gostosa, diferente e inalcançável para as
impossibilidades de minha hipossuficiência em finais de
“encasulamento” por coronavírus. Meu "Auxilio Emergencial" não
chegou porque a Dataprev me notificou “falsamente” como residente
no exterior, embora a notificação seja ridícula, revelando,
inclusive a possibilidade de fraldes piores nas bases de dados
do Governo Federal, afinal, votei em território nacional nas última
eleição, tive um pedido de Loas/BPC no INSS em 2017, não tenho passaporte, nem conta bancaria de domiciliada no exterior, ridícula é tal notificação, mas
devido a ela, ridícula falha da Dataprev ainda não recebi o auxilio emergencial, nem mesmo com a atermamento positivo do TRF3 para o caso, o dinheiro não chega ao Caixa e eu continuo sem sobremesa.
O desejo
de comer uma sobremesa surpresa pulsava na ponta da minha língua
quando descobri, escondido na geladeira, um pacotinho com bombons de chocolate, abri-o e comi tudo; cinco bombons, já pensando na consequência, uma muvuca familiar pela falta de educação de tê-los comido egoisticamente sem pedir
permissão. Quando as pessoas retornadas do cemitério fossem
procurá-los, estariam todos na minha barriga. Sabia eu antecipadamente, ouviria gritos histéricos me acusando de egoismo, mas eu já
tinha a resposta pronta: _"quando eu receber o Auxilio Emergencial vou
repor o prejuízo em chocolate".
Sai
da ala fria, próximo a geladeira e fui para sala, onde escrevo na
máquina moderninha, quando fui surpreendida por dois beija-flores ligeiros;
tomei um susto incrível, pois estando sem a lupa os confundi
apressadamente com um ataque de morcegos. Eu tenho alta miopia e não
uso óculos devido a hipossuficiência, meu auxiliar é uma lupa de
R$7,00 comprada em papelaria. Meu sentimento se transformou ao
vê-los e ouvi-los, pois sentia a visita como uma despedida de amigos, como a chegada
de uma mensagem a ser decifrada; intuitivamente chamei de “Paula”
a um dos beija-flores e fui em busca do celular para fotografá-los e
filmá-los, quando um deles desapareceu. Então, soube no meu coração que
logo em breve, receberia a noticia de uma tragédia - alguém estava
prestes a desencarnar e decidiu se despedir de mim usando o corpo de um beija-flor.
Senti intuição semelhante na noite em que tentaram me
assassinar e também recebi a visita de um pássaro, parecido
com um beija-flor, ele me trouxe a mensagem “você precisa fugir/ hoje você não pode dormir/ você precisa fugir”, repetidas
vezes através do seu canto diferente e triste. Eu senti intuição semelhante, porém, sem a presença de pássaro, quando me
presentearam com uma quiabada - e, puramente por intuição,
despejei o alimento na pragela dos cães; três dias depois, apareceu
morta uma cadela prenha. Eu intui algo semelhante quando comecei a desconfiar da paixão secreta de meu “amado” por uma
dançarina de dança do ventre, “Daniela”, por um certo “Moreno”
bonito e também, por minha irmã. No dia do acidente do jornalista
Ricardo Boechat, eu estava prestes a registrar letra de música na FBN
pela Funarte SP, quando tive o presságio de acidente de trem. Eu pego o trem em Jundiaí para chegar a Sampa, naquele dia senti uma
nostalgia fora do comum, abri o portão para sair,
porém, sendo fiel a minha intuição, decidi-me por adiar a viagem. Algumas horas depois, um acidente de helicóptero foi noticiado pela
TV, o acidente aconteceu na altura de Jundiaí, duas horas depois, foi noticiado estar o jornalista Ricardo Boechat nele, posteriormente, ainda
emocionada, decidi fazer uma Análise Geral dos acontecimentos e
dedicar uma música a ele: “Análise Geral”. Na “Ultima
Fatia Do Bolo” eu transformo esses insights em romance, o
registro, feito desde 18/12/2019, através da Funarte para a FBN ainda não chegou, desconfio de censura e medo da
publicação por parte de meus algozes et caterva para além da
desculpa da FBN para
o atraso de dois anos
no envio do registro de obra
ser meramente, somente devido
a pandemia pelo coronavírus.
Curiosamento
o celular tocou duas vezes na segunda-feira e as chamadas foram perdidas, os números
desconhecidos (019) 2660-0857
e (019)
3031-3172 denunciavam chamada de telemarketing. Observei, entretanto,
haver um número de chamada perdida - número de celular (019)
98964-3608 registrado no sábado 30/10/2021, e quatro chamadas
do mesmo número não atendidas em dias anteriores, totalizando cinco -
o mesmo número de bombons encontrados na geladeira. Fiz uma
associação presságio dessa coincidência, novamente observei o presságio
de desencarne - desencarne coletivo entre artistas, interpretava minha
intuição e ainda em minha mente, estava a imagem da cantora de
“Pássaro de fogo” de Paula Fernandes. Para despassar tal intuição,
decidi postar uma foto do “beija- flor” no blog. No dia seguinte,
02/11/2021, ainda sentia presságios e decidi afastar tal sensação
postando no blog a foto de uma borboleta e um pedacinho de refrão de
“Anedota búlgara – Panapaná”.
Na
quarta-feira, 03/11/2021, um grupo de cinco adolescentes entre doze
e dezesseis anos, bem nutridos, bem vestidos, branquinhos como água
oxigenada, cabelo bem cuidado como “bonsai”, “terroristas em
potencial, reincidentes em me agredir verbalmente, em gritar
palavrões no meu portão, em me associar maldosamente à
"PROSTITUTAS”, garotos enviados por uma “Pomba-gira terrorista adulta", covardes se juntaram para quebrar uma garrafa de
vidro na minha porta e dizer palavras de provocação (...) Eu estava na
sala pesquisando na internet em sites do tipo “Quem ligou”-
tentando descobrir a origem da ligação de celular (019) 989643608 resultando encontrar na busca “Fazenda
Ipanema” “Sorocaba” - promoção
de lotes de terreno, achado
bizarro o resultado, pois “Sorocaba” é a cidade
origem da madrasta de minha filha, a mulher sem “brio”, porém, com
“euros”, a mulher invejosa, tentando se passar por mim em outro país (desconfiança justificável) ainda, poderia
ser falcatrua do “casal da má fé” o
entrave
oculto por
trás do impedimento do pagamento de
meu Auxilio Emergencial. Fiquei
nervosa e
fui para fora de
casa tentar fotografar os agressores adolescentes.
Enquanto
caminhava pela calçada, inclusive sem máscara, acabei associando por
insight os garotos aos “bombons” da segunda-feira e ao presságio
de morte. Os garotos desapareceram “rapidamente” sem dar pistas
de terem entrado dentro de um automóvel ou de uma casa, não sei
como sumiram, então me livrei do pressagio de morte com a “Paula Fernandes”
achando que um daqueles garotos seria vítima de um acidente fatal
logo em breve .
A
semana chegou ao fim e eu precisava ir ao TRF3 Campinas na
sexta-feira, entretanto, não consegui agendamento, corria o risco
de chegando lá, não ser atendida e perder o dia, não podia me dar
esse luxo pois estava finalizando obra para o aniversário de
dezenove anos de minha filha, Totó, futuro registro na FBN, e sentia ainda uma leve
sensação de presságio de morte a semelhança do dia do acidente do jornalista Ricardo
Boechat. Fui escrever me dando conta de que estava
praticamente a semana inteira sem tocar flauta, entre uma palavra e
outra, enquanto escrevo, gosto de um barulhinho bom, escolhi ouvir
Paula Fernandes e tive uma surpresa ao ver a imagem de um “beija-flor” nas aparições sequenciais dos próximos vídeos sugeridos
pela YouTube - logo
me atraiu o título “O significado do beija-flor visitar sua
casa - A melhor explicação!” do Canal O Universo E Os Sonhos”, assisti, gostei, porém, fiquei com a sensação de
placebo. Joguei-me no trabalho em silêncio, sem ouvir música, no
final do dia estava com a coluna doendo, as cadeiras doendo, tudo
doendo e o cérebro pifando.
Alguém me interrompeu solicitando ajuda
para pesquisar sobre “arruda” – ela estava com coceira na
cabeça, ia lavar o cabelo com chá de arruda, antes, porém, queria
pesquisar se iria fazer a coisa certa, a coisa certa seria chá de
alecrim, enquanto fazia a pesquisa sobre arruda no YouTube,
pesquisava, também, nomes de flor para mulher, descobrindo, inclusive, ser “Paula”
nome de uma flor de cacto, observava, também, o aparecimento da imagem
da cantora Marília Mendonça repetidamente em vários vídeos
sequenciais sugeridos pelo YouTube, logo li a noticia de acidente com
avião.
Cliquei em um dos vídeos, o casal de jornalistas repetia a
informação da assessoria de imprensa da cantora Marília Mendonça
afirmando ter havido o cancelamento de “Show” devido ao acidente,
porém, estaria tudo bem com ela, então liguei a TV
e logo soube da noticia da morte de cinco pessoas em acidente de avião, incluindo a
cantora Marília Mendonça. O presságio do beija-flor tomou a
forma do acidente, chorei como se tivesse recebido sua visita em tom de
despedida, no corpo de um beija-flor, sem entretanto, identificá-la.
A mediunidade não é exata, mas de forma alguma deve ser “desprezada” ou medicada – recebi a noticia com tristeza e indignação,
conheço “pombas-giras gorgolejantes", pessoas que não valem um
fio do cabelo loiro da jovem desencarnada, eu me pergunto porque ela
e não uma dessas “pombas-giras”(?) e aproveito para oferecer meus
pêsames a todos familiares dos cinco desencarnados. Se ignorei algum
tipo de relação espiritual com a cantora Marília Mendonça, agora
sinto-me na obrigação espiritual de dedicar uma música a ela e
outra, a querida Paula Fernandes, Marília nos deixou, mas também nos deixa saudades. Uma emissora de TV escolheu mostrar ao fundo da
transmissão da noticia do acidente uma foto da cantora Marília
Mendonça um pouquinho descabelada, ela mais jovem, mais gordinha, de
rosto cheio, chorei de emoção, foi a imagem dela que vi sincronicamente no
presságio com a Paula Fernandes; "para
esconder a tristeza maquiagem à prova d’água
não resolve", “tenho
motivos para estar desse jeito”. Virou
muita saudade, também aqui dentro de casa, a menina loura
poeta de
voz potente, o que doí
em nós não
dói mais
nela.
4.529 dias sem minha filha
(ver processo 0006423-13.2009.8.26.0114/Campinas/ São Paulo/Brasil 3ª Vara de Família e Sucessões)
Contacts:
alegriafurtada@mailfence.com
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Listen to me by podcast Alegria Furtada:
Meet me:
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